Elvis Presley - Moody Blue

Moody Blue

23º álbum de estúdio​

Era

O Outono Criativo e Adulto (1972–1977)

6.8

Nota média
de sites de crítica

O adeus azul do Rei

Moody Blue é como o pôr do sol emocional de Elvis: mistura country, pop e rock com toques de melancolia e nostalgia. A faixa-título, com sua sensibilidade country‑soul, se tornou seu último hit em vida – um adeus doce e brutal. As versões ao vivo têm o peso de momentos reais, como “Unchained Melody” ao piano, capturando a tensão de um artista vulnerável diante de multidões que ainda o amavam.

Comparado ao álbum anterior, há menos vaivém de estúdio e mais crueza emocional, com Elvis usando sua voz cansada como instrumento de autenticidade. As gravações esparsas dão ao disco uma pegada solta, por vezes irregular, mas cheia de alma – quase como um diário musical final. Há momentos em que ele falha em estúdio – alegando doença – mas o charme permanece intacto. Faixas como “Way Down” trazem energia country-rock, enquanto “She Thinks I Still Care” mostra seu apego às raízes. Ao final, o álbum não é uma obra-prima coesa, mas um mosaico emocional de quem sabia que o fim estava próximo – uma despedida hesitante, mas genuína.

Destaques

2 – Moody Blue
6 – Way Down
7 – Pledging My Love

Menos ouvidas

4 – He’ll Have To Go
5 – Let Me Be There

Fatos interessantes

• Foi lançado apenas um mês antes da morte de Elvis – 19 de julho de 1977.

• Inclui os últimos registros em estúdio dele, datados de outubro de 1976 em Graceland.

• Três faixas ao vivo de Michigan (abril/1977) completam o álbum por falta de novas gravações.

• A versão em vinil azul translúcido foi a primeira edição colorida de Elvis, item colecionável.

• “Moody Blue” foi seu último No. 1 na parada country em vida.

• “Way Down” ganhou força nas paradas após sua morte e chegou ao topo no Reino Unido.

• A gravação de “Unchained Melody” ao piano, com overdubs, foi capturada em Ann Arbor.

• A mixagem final contou com arranjos de ligação para timbrar o material ao vivo e estúdio com coesão.

• Apesar de solto e irregular, muitos fãs o consideram um dos 10 melhores discos de Elvis.

Produção

Felton Jarvis

Mudança de line

A principal “mudança” estrutural foi a inclusão de gravações ao vivo de Ann Arbor/Saginaw (abril de 1977) para completar o álbum, por falta de novas sessões de estúdio.

Formação

Elvis Presley – voz, piano (“Unchained Melody”), produtor executivo
James Burton, John Wilkinson, Chip Young – guitarras
Jerry Scheff, Norbert Putnam, Dennis Linde, Duke Bardwell – baixo elétrico
Tony Brown, Glen D. Hardin, David Briggs (+ Bobby Ogdin, piano overdubs) – teclados
Ronnie Tutt, Randy Cullers – bateria
Sweet Inspirations, J.D. Sumner & The Stamps, Kathy Westmoreland, Sherrill Nielsen – vocais de apoio

Músicos adicionais
Joe Guercio Orchestra – cordas e metais
Per-Erik “Pete” Hallin, Bergen White, Farrell Morris, Shane Keister, entre outros – arranjos e overdubs

Se gostou, também vai gostar de...

Johnny Cash - Songwriter
Country

Johnny Cash – Songwriter

Demos inéditos de 1993, agora revigorados com arranjos sensíveis, revelam Johnny Cash em clima íntimo e reflexivo, entre amor, saudade e humor.

Elton John - Empty Sky
Pop Rock

Elton John – Empty Sky

Estreia de Elton John com rock suave, experimentações psicodélicas e letras poéticas; contém “Skyline Pigeon”, pedra fundamental de sua carreira.

Coldplay - Moon Music
Eletrônica

Coldplay – Moon Music

Anthems pop cósmicos, colaborações globais e arranjos eletrônicos: a sequência grandiosa com alma, mesmo em meio a críticas à saturação.

Outros álbuns do mesmo ano

Queen - On Air
Ao Vivo

Queen – On Air

Compilação das sessões da BBC entre 1973 e 1977, mostrando o Queen em sua forma mais pura e energética, antes da fama global.

Queen - News of the World
Arena rock

Queen – News of the World

Uma montanha-russa sonora: do rock épico de “We Will Rock You” ao funk robótico de “Get Down, Make Love”. Ecletismo gelado, mas monumental.

Billy Joel - Greenvale 1977 (Live)
Ao Vivo

Billy Joel – Greenvale 1977 (Live)

Show cru de 1977 com Joel e sua banda em forma: piano-rock afiado, energia raw e versões intensas dos clássicos da fase Turnstiles.