Experimental, MPB

Circuladô

8.0

Nota média
de sites de crítica

O experimentalismo de Caetano em alta voltagem

Em Circuladô, Caetano Veloso mergulha em um universo sonoro onde a poesia concretista encontra a música popular brasileira, resultando em um álbum que desafia classificações. A faixa-título homenageia o poema “Circuladô de fulô”, de Haroldo de Campos, estabelecendo o tom experimental e lírico do disco.

Com a produção de Arto Lindsay, o álbum transita por paisagens sonoras que incorporam elementos de funk, samba e música eletrônica, criando uma atmosfera única e envolvente. A colaboração com músicos como Marc Ribot e Ryuichi Sakamoto enriquece ainda mais a paleta sonora, evidenciando a capacidade de Caetano de se reinventar sem perder sua essência. Circuladô é uma obra que convida à reflexão e à apreciação cuidadosa, revelando novas camadas a cada audição.

Destaques

1 – Fora da Ordem
2 – Circuladô de Fulô
3 – Itapuã

Menos ouvidas

10 – Neide Candolina
11 – O Cu do Mundo

Fatos interessantes

• O título e a faixa “Circuladô de fulô” são inspirados no poema homônimo de Haroldo de Campos, referência do concretismo brasileiro.

• O álbum foi gravado no Rio de Janeiro, com produção de Arto Lindsay, conhecido por seu trabalho com a banda de no wave DNA.

• “Circuladô” foi o terceiro álbum de Caetano Veloso amplamente distribuído nos Estados Unidos, ampliando sua audiência internacional.

• A faixa “Fora da Ordem” abre o álbum com uma crítica social envolta em uma sonoridade funk, destacando-se como uma das mais emblemáticas do disco.

• O álbum recebeu o Prêmio da Música Brasileira de Melhor Disco de MPB em 1992, consolidando seu reconhecimento crítico.

Produção

Arto Lindsay

Mudança de line

Não houve mudanças significativas na formação principal, mas Circuladô marca a continuidade da colaboração com o produtor Arto Lindsay, iniciada no álbum anterior, Estrangeiro (1989).

Formação

Caetano Veloso – voz, violão
Arto Lindsay – guitarra, produção

Músicos adicionais
Marc Ribot – guitarra
Bill Frisell – guitarra
Carlinhos Brown – percussão
Naná Vasconcelos – percussão
Ryuichi Sakamoto – teclados
Jaques Morelenbaum – violoncelo
Peter Scherer – teclados
João Barone – bateria
André Gomes – baixo elétrico

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