Caetano Veloso - Caetano Veloso (1968)

Caetano Veloso (1968)

2º álbum de estúdio​

Fase

Antropofagia Tropical (1967–1969)

9.4

Nota média
de sites de crítica

O nascimento da Tropicália

Em seu primeiro voo solo, Caetano Veloso lançou um disco que é um verdadeiro manifesto tropicalista. Misturando guitarras elétricas com berimbaus, poesia concreta com referências pop e samba com psicodelia, o álbum é uma salada antropofágica que desafia rótulos. “Alegria, Alegria” desfila pelas ruas com Coca-Cola e Brigitte Bardot, enquanto “Tropicália” abre o disco como um carnaval de imagens e sons.

Com arranjos orquestrais ousados e letras que flertam com o surrealismo, Caetano cria um som que é ao mesmo tempo brasileiro e universal, tradicional e vanguardista. É um disco que não apenas define uma era, mas também a transcende, permanecendo relevante e provocador décadas depois.

Destaques

3 – Alegria, Alegria
1 – Tropicália
10 – Soy Loco Por Ti, América

Menos ouvidas

6 – Anunciação
9 – Clara

Fatos interessantes

• O álbum é considerado um dos marcos iniciais do movimento Tropicália, influenciando profundamente a música brasileira.

• A faixa “Alegria, Alegria” tornou-se um hino da Tropicália, mesclando elementos da cultura pop com crítica social.

• “Soy Loco Por Ti, América” é uma homenagem à identidade latino-americana e ao pan-americanismo.

• O disco foi lançado durante a ditadura militar no Brasil, utilizando metáforas e simbolismos para driblar a censura.

• A capa psicodélica do álbum, com ilustrações de Liana e Paulo Tavares, tornou-se icônica.

• O álbum foi eleito o 37º melhor disco brasileiro de todos os tempos pela Rolling Stone Brasil.

• A diversidade musical do álbum reflete a proposta antropofágica de “devorar” influências estrangeiras e criar algo novo.

• Caetano foi preso e exilado pouco tempo depois do lançamento, devido às suas posições políticas e artísticas.

• O disco influenciou artistas internacionais e é referência em estudos sobre música e cultura brasileira.

• Apesar das dificuldades da época, o álbum foi um sucesso de crítica e consolidou Caetano como um dos grandes nomes da música.

Produção

Manoel Barenbein

Mudança de line

O álbum anterior, Domingo (1967), foi uma colaboração entre Caetano Veloso e Gal Costa. Este é o primeiro álbum solo de Caetano, marcando sua transição para uma carreira individual.

Formação

Caetano Veloso – voz, violão

Músicos adicionais
Os Mutantes – banda de apoio em várias faixas
Beat Boys – banda de apoio em algumas faixas
Júlio Medaglia – arranjos
Damiano Cozzella – arranjos
Sandino Hohagen – arranjos

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