Molly Tuttle - So Long Little Miss Sunshine

So Long Little Miss Sunshine

Fase

Solos Novos, Solos Brilhantes (2025-presente)

7.8

Nota média
de sites de crítica

Livre pra brilhar: Tuttle sem rótulos

So Long Little Miss Sunshine marca um passo audacioso: Molly despede-se da zona conhecida do bluegrass e encara um espetáculo pop com sotaques de country, rock e flat-picking estiloso. A guitarra continua brilhando, mas a surpresa fica por conta do banjo aparecendo em duas faixas — uma piscadela sutil à fidelidade e à ousadia.

A faixa-título, “That’s Gonna Leave a Mark”, tem a alegria mordaz de um bop de fim de tarde, com aquele solo que arde o dedo de tão bom. Há também um cover inesperado de “I Love It” (Icona Pop / Charli XCX), que soa tão divertido quanto dançante, quase como transformar uma batida eletrônica em banjo piscante. O visual do álbum — títulos e arte com Molly em diversos “personas”, inclusive careca — sugere uma reinvenção descompromissada e bem-humorada, mostrando que ela está livre para brincar com identidade e som. É um pop, country e rock com alma de bluegrass — como se Stevie Nicks tivesse esbarrado numa jam em Nashville e decidido ficar.

Destaques

6 – That’s Gonna Leave a Mark
2 – The Highway Knows
9 – Old Me (New Wig)

Menos ouvidas

1 – Everything Burns
12 – Story of My So-Called Life

Fatos interessantes

• É o quinto álbum de estúdio e primeiro solo após Golden Highway.

• Inclui um cover ousado de “I Love It” (Icona Pop/Charli XCX).

• Primeira vez que Molly toca banjo em gravação — em duas faixas.

• O single “That’s Gonna Leave a Mark” foi coescrito com Kevin Griffin (Better Than Ezra), com toque pop afiado.

• Reconhecida pela sua excelência técnica, destaca aqui a guitarra virtuosa em contexto pop.

• A arte mostra Molly em várias perucas e uma foto sem nada — reflexo pessoal de identidade e alopecia.

• Gravado em Nashville com Jay Joyce, que também toca diversos instrumentos no disco.

• Marca sua nova fase artística: pop-country-rock com alma bluegrass e atitude livre.

Produção

Jay Joyce

Mudança de line

Após os álbuns com a banda Golden Highway (vencedora de Grammys), Molly Tuttle anunciou a dissolução desse conjunto em maio de 2025 e formou uma nova banda — desta vez, totalmente feminina — que passou a acompanhá-la nos shows a partir de julho e gravou este álbum solo.

Formação

Molly Tuttle – voz, guitarra, banjo
Jay Joyce – múltiplos instrumentos, produção
Byron House – baixo
Jay Bellerose – bateria/percussão
Fred Eltringham – bateria/percussão
Ketch Secor – banjo, fiddle, harmônica, vocais de harmonia

Se gostou, também vai gostar de...

a-ha - Minor Earth Major Sky
Electronica

a-ha – Minor Earth Major Sky

Após quase uma década de hiato, álbum que traz o a-ha mais introspectivo, equilibrando nostalgia com novos horizontes e a inconfundível voz de Harket.

Cyndi Lauper - Bring Ya to the Brink
Dance

Cyndi Lauper – Bring Ya to the Brink

Cyndi Lauper abraça a eletrônica em Bring Ya to the Brink, misturando batidas pulsantes, letras afiadas e sua irreverência única em um álbum dançante e ousado.

Outros álbuns do mesmo ano

Enuff Z'Nuff - Xtra Cherries
Power pop

Enuff Z’Nuff – Xtra Cherries

Album vibrante de power‑pop e rock melódico com convidados icônicos e refrãos irresistíveis — o retorno mais saboroso de Enuff Z’Nuff.

Allo Darlin' - Bright Nights
Folk

Allo Darlin’ – Bright Nights

Indie pop amadurecido, com folk e country delicados; letras sobre amor, maternidade e memórias, embaladas em melodias calorosas.