Hardcore punk, Metalcore

Untitled

6.8

Nota média
de sites de crítica

Hardcore sem nome, impacto com sobrenome

Untitled explode como uma cacofonia cirúrgica: riffs implacáveis e precisão matemática que abalam o estômago. É hardcore punk filtrado por uma lente experimental, onde tecnicidade e caos se beijam em cada batida acelerada. A produção de Kurt Ballou captura o som de um porão suado, com feedback escalando paredes e a dupla-bateria de Yacyshyn fazendo os alto-falantes estremecerem.

Temas de guerra cultural e alienação digital correm ao longo das faixas, transformando raiva em arte. “Forever Scum” e “Blessings” viram cânticos gritados, enquanto “Dead Actress” oferece um momento atmosférico quase shoegaze — um respiro no meio do caos. O resultado é uma experiência intensa e claustrofóbica, ideal para explosões breves de fúria punk. Untitled é uma aula de ataque sonoro: nem preciso nomear “punk” quando ele joga na cara que essa banda é, de longe, uma das mais implacáveis do estilo.

Destaques

2 – Forever Scum
1 – Future Drugs
6 – Blessings

Menos ouvidas

14 – Dead Artist
13 – Rage of Youth

Fatos interessantes

• O álbum foi lançado gratuitamente via Bandcamp em 23 de junho de 2015.

• A capa homenageia Aladdin Sane, de David Bowie, com um flash vermelho no rosto do modelo.

• A produção foi feita por Kurt Ballou no estúdio GodCity, conferindo o som cru e direto.

• Nick Yacyshyn (Sumac, Baptists) foi o único músico convidado creditado explicitamente.

• A banda mantém uma política de anonimato extremo, com pseudônimos e identidade camaleônica.

• Temas líricos criticam originalidade forçada, cultura de likes e hierarquias sociais online.

• A plateia frequentemente confunde o coletivo com uma super banda de hardcore técnico.

• Não há melodia tradicional – os refrões são howlings ritmados e gritos coletivos.

• A estrutura sonora é contínua e sufocante: quase não há silêncio entre as faixas.

Produção

Kurt Ballou

Mudança de line

Comparado ao álbum anterior These Are Lights (2009), Untitled manteve a natureza coletiva do projeto, mas introduziu claramente o baterista convidado Nick Yacyshyn. A formação permanece anônima e rotatória, com contribuições ad hoc, não havendo saídas ou entradas formais com nomes identificados. A banda segue o ethos de ocultar identidades e promover uma apresentação fluida e camaleônica.

Formação

Nick Yacyshyn – bateria (convidado, Baptists e Sumac)
Tony Wolski (AKA Adam Vallely) – voz e instrumentos variados
Dan Stolarski – guitarra e vocais
Ken Szymanski – baixo e guitarra
Cara Drolshagen – vocais e baixo (apareceu em “Enemies Closer”)

Músicos adicionais
Randal Lee Kupfer – instrumentos não especificados (colaborador regular)