Elvis Presley - How Great Thou Art

How Great Thou Art

9º álbum de estúdio​

Fase

Foco na atuação (1967–1969)

8.7

Nota média
de sites de crítica

Espírito revelado em notas

How Great Thou Art é o grito da alma de Elvis – gravado com paixão, é o álbum onde ele trocou cenas de Hollywood por fervor espiritual. O disco se divide: lado A com baladas reverentes (como “In the Garden”) e lado B cheio de ritmo sacro, quase dançante. É como se Elvis tivesse pegado seu megafone para Deus, com vocais mais densos e apoiados por corais potentes.

Comparado a trabalhos anteriores, é um retorno à sinceridade musical — longe do superficialismo cinematográfico. A voz dele, grave e intensa, parece encontrá-la própria identidade, revelando o vocalista espiritual que andava escondido nos bastidores. O álbum ganhou peso emocional e recebeu aclamação crítica, além de resgatar o gospel como expressão artística autêntica, com produção rica e alma sincera — completamente diferente dos fillers das trilhas.

Destaques

1 – How Great Thou Art
5 – Stand By Me
13 – Crying in the Chapel

Menos ouvidas

3 – Somebody Bigger Than You And I
8 – Where Could I Go But to the Lord

Fatos interessantes

• Gravado em maio de 1966 à noite, Elvis passou horas preparando trilhas sacras, em contraste com suas trilhas de filme.

• Primeiro álbum não-soundtrack desde 1962, reunindo 2º disco gospel da carreira.

• “How Great Thou Art” levou Elvis ao seu primeiro Grammy em 1967.

• A capa mostra a igreja First Church of Christ, Sandwich (MA), reforçando a pegada religiosa.

• RCA fez transmissão especial em Palm Sunday (19/03/1967), tocando o álbum em centenas de estações.

• Em 2010, a reedição Follow That Dream trouxe todas as takes completas de estúdio.

• O som é mais cheio e grandioso comparado a His Hand in Mine (1960).

• Acordes acelerados no lado B surpreenderam, mostrando que música gospel também pode agitar.

• A faixa bônus “Crying in the Chapel” (1960) encerra o LP com uma mensagem intimista.

• Marca o fim de um hiato de cinco anos sem discos de estúdio – verdadeiro renascimento artístico.

Produção

Felton Jarvis

Mudança de line

Retorno ao grupo de respaldo gospel: The Imperials e Jordanaires retornam após última participação em His Hand in Mine (1960).

Formação

Elvis Presley – voz, ocasionalmente piano (faixas bônus)
Scotty Moore, Chip Young, Charlie McCoy – guitarras
Bob Moore, Henry Strzelecki – baixo (McCoy também toca harmônica)
Floyd Cramer, David Briggs, Henry Slaughter – piano, órgão
D. J. Fontana, Buddy Harman – bateria (Harman também toca tímpani)
Boots Randolph, Rufus Long – saxofones

The Jordanaires, The Imperials, Millie Kirkham, Dolores Edgin, June Page – backing vocals

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