Em My Name Is Michael Holbrook, Mika volta a se despir da teatralidade exagerada para entregar um pop encharcado de sinceridade e leveza. Imagine um encontro entre os refrães glamorosos de Elton John e a intimidade sonhadora de um Brubeck moderno. As letras exploram amor – dos mínimos detalhes de “Tiny Love” até a doce nostalgia de “Ice Cream” – com arranjos vibrantes, produção refinada e pequenos toques eletrônicos.

A faixa “Sanremo”, em preto e branco, imprime uma alma mais profunda, fugindo do brilho para abordar temas como amor proibido e identidade. O álbum, embora coeso, tem momentos em que a produção talvez ofusque a voz natural de Mika, mas é justamente essa mistura entre política pop e vulnerabilidade que torna tudo encantador. Ele não só reafirma sua identidade – Michael Holbrook –, como também mostra que ainda reina entre os mestres da canção pop contemporânea.

Mika – voz, piano, teclado
Clemént De Witt – guitarra
Max Taylor – baixo, teclado, backing vocals
Vincent Bidal – teclado, sintetizador, piano
Wouter Van Tornhout – bateria

Músicos adicionais
Ida Falk-Winland – backing vocals
Saranayde – backing vocals
Cherisse Ofosu-Osei – percussão
Tristan Cassel-Delavois – guitarra
Curtis Stansfield – teclado, sintetizador, piano, clarinete, sax, backing vocals
Ed Carlile – bateria
Joy Joseph – backing vocals, percussão