MPB, Tropicália

Tropicalia ou Panis et Circencis

9.5

Nota média
de sites de crítica

O manifesto tropicalista em vinil

Imagine um carnaval psicodélico onde guitarras elétricas dançam com berimbaus e letras poéticas se misturam a críticas sociais afiadas. Tropicália ou Panis et Circencis é exatamente isso: um manifesto sonoro que desafiou as convenções da música brasileira em plena ditadura militar.

Com influências que vão de Beatles a Vicente Celestino, o álbum é uma colagem sonora que mistura o erudito e o popular, o tradicional e o moderno. Faixas como “Bat Macumba” e “Geléia Geral” exemplificam essa fusão, enquanto “Baby” traz uma doçura pop irresistível. É um disco que não apenas marcou uma época, mas redefiniu os caminhos da música no Brasil.

Destaques

3 – Panis et Circencis
7 – Baby
11 – Bat Macumba

Menos ouvidas

2 – Coração Materno
4 – Lindonéia

Fatos interessantes

• A capa do álbum é uma homenagem à de Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, dos Beatles.

• O título “Panis et Circencis” é uma adaptação de “Panem et Circenses”, expressão latina que significa “pão e circo”.

• O álbum foi gravado em apenas um mês, no estúdio RGE, em São Paulo.

• Considerado o segundo melhor álbum brasileiro de todos os tempos pela Rolling Stone Brasil.

• O maestro Rogério Duprat, responsável pelos arranjos, foi apelidado de “George Martin da Tropicália”.

• A faixa “Parque Industrial” é uma crítica à industrialização desenfreada e suas consequências sociais.

• “Bat Macumba” combina elementos do candomblé com rock psicodélico, exemplificando a fusão cultural proposta pelo movimento.

• O álbum enfrentou resistência tanto da direita quanto da esquerda política, sendo considerado subversivo por ambos os lados.

• A música “Baby”, interpretada por Gal Costa, tornou-se um dos maiores sucessos do disco.

• O disco é frequentemente citado como o marco inicial do movimento tropicalista na música brasileira.

Produção

Manoel Barenbein

Mudança de line

Álbum coletivo que reuniu diversos artistas do movimento tropicalista.

Formação

Caetano Veloso – voz, violão
Gilberto Gil – voz, violão
Gal Costa – voz
Nara Leão – voz
Tom Zé – voz, guitarra
Os Mutantes (Rita Lee, Arnaldo Baptista, Sérgio Dias) – voz, guitarra, baixo, bateria

Músicos adicionais
Rogério Duprat – arranjos e regência
Torquato Neto – letras e concepção artística
Capinam – letras