Depeche Mode - Some Great Reward

Some Great Reward

4º álbum de estúdio​

Fase

Trilogia Berlinense (1983-1986)

7.8

Nota média
de sites de crítica

Some Great Reward: o disco que levou o synth-pop ao divã

Em Some Great Reward (1984), o Depeche Mode trocou o synth-pop inocente por um flerte com o lado sombrio da alma humana. O álbum é uma mistura de batidas industriais, melodias pop e letras que exploram temas como poder, fé e desejo com uma franqueza quase desconfortável.

É como se Kraftwerk tivesse saído para beber com o Nine Inch Nails e decidido fazer um disco dançante sobre submissão e culpa. Com produção de Daniel Miller e Gareth Jones, o grupo mergulhou em samplers e texturas metálicas, criando um som que é ao mesmo tempo mecânico e emocional. Se Construction Time Again foi a entrada na fábrica, Some Great Reward é o turno da madrugada, onde tudo parece mais intenso e perigoso. O álbum consolidou a identidade do Depeche Mode como mestres do pop sombrio e abriu caminho para obras-primas futuras como Black Celebration e Violator.

Destaques

3 – People Are People
7 – Master and Servant
9 – Blasphemous Rumours

Menos ouvidas

5 – Stories of Old
8 – If You Want

Fatos interessantes

• Foi o primeiro álbum do Depeche Mode a entrar nas paradas dos EUA, alcançando a 51ª posição na Billboard 200.

• O álbum foi gravado nos estúdios Music Works em Londres e Hansa Mischraum em Berlim, locais associados a artistas como David Bowie e Iggy Pop.

• “People Are People” tornou-se um dos maiores sucessos da banda, atingindo o 4º lugar no Reino Unido e o 13º nos EUA.

• “Blasphemous Rumours” gerou controvérsia por suas letras que questionam a justiça divina, levando a críticas de grupos religiosos.

• A faixa “Somebody” marca a primeira vez que Martin Gore assume os vocais principais em uma balada, estabelecendo uma tradição nos álbuns seguintes.

• O álbum foi certificado como ouro no Reino Unido e platina nos EUA, consolidando o sucesso internacional da banda.

• A capa do álbum apresenta uma imagem da Round Oak Steelworks, simbolizando a estética industrial do disco.

• Durante a turnê de promoção do álbum, o Depeche Mode realizou seus primeiros shows atrás da Cortina de Ferro, incluindo apresentações em Budapeste e Varsóvia.

• A produção do álbum envolveu o uso extensivo de samplers e sons industriais, influenciando o desenvolvimento do gênero synth-pop

Produção

Daniel Miller, Depeche Mode, Gareth Jones

Mudança de line

Nenhuma alteração

Formação

Dave Gahan – vocal principal
Martin Gore – sintetizadores, backing vocals, compositor principal (também canta em algumas faixas, como “Somebody”)
Alan Wilder – sintetizadores, arranjos, co-produção, co-composição (escreveu “If You Want”)
Andrew Fletcher – sintetizadores

Se gostou, também vai gostar de...

Billy Idol - Whiplash Smile
Hard rock

Billy Idol – Whiplash Smile

Whiplash Smile embala o espírito rebelde de Billy Idol em camadas de sintetizadores, mantendo os riffs afiados e a pose de bad boy dos anos 80.

Depeche Mode - Speak & Spell
New Wave

Depeche Mode – Speak & Spell

O debut do Depeche Mode é uma explosão de synth-pop otimista, com melodias cativantes e batidas dançantes que definiram o início da banda.

INXS - INXS
New Wave

INXS – INXS

O INXS estreia misturando ska, new wave e pós-punk cru, soando como um The Police menos refinado. Energético, dançante e com faíscas do que viria depois.

Outros álbuns do mesmo ano

Queen - The Works
Rock

Queen – The Works

Mistura certeira de rock e eletrônica, com momentos brilhantes como “Radio Ga Ga” e “Hammer to Fall”, reafirmando Queen como um ícone dos anos 80.

The Smiths - The Smiths
Pós-punk

The Smiths – The Smiths

O debut do The Smiths é um diário existencialista embalado em jangle pop, ironia e melancolia, revelando o drama poético de Morrissey e as guitarras brilhantes de Johnny Marr.