London Calling é o momento em que o The Clash disse: “vamos esticar o punk até ele gritar por socorro”. No terceiro álbum da banda, duplo, lançado em 1979, o som já não é mais aquele punk cru e direto dos primeiros discos. Aqui, há uma fusão inquieta com reggae, rockabilly, ska, e até uma pitada de jazz.
É como se o punk tivesse sido embebido em álcool e jogado para dançar até o amanhecer, com os dedos ainda apontando para a política e a decadência social. Um reflexo de uma Londres à beira do colapso, London Calling é a fuga para a frente, com letras carregadas de crítica e o som bagunçado de uma cidade pós-punk tentando se reencontrar. A base vibrante de “Train in Vain” e o caos de “Spanish Bombs” provam que a banda não só estava se reinventando, mas também abrindo um novo capítulo para o rock.
1. London Calling
19. Train in Vain (Stand by Me)
8. Lost in the Supermarket
16. Four Horsemen
15. Lover’s Rock
• A faixa-título “London Calling” foi inicialmente chamada de “Ice Age”.
• O álbum mistura punk com outros gêneros, como reggae, rockabilly, ska, R&B e pop, mostrando a versatilidade da banda.
• A capa mostra Paul Simonon quebrando seu baixo durante um show em Nova York. A foto foi tirada por Pennie Smith e, apesar de desfocada, foi escolhida por capturar a energia do momento. Ela também imita as letras do álbum homônimo de Elvis Presley.
• “Train in Vain” foi adicionada ao álbum no último minuto, sem constar na lista original de faixas, tornando-se uma surpresa para os ouvintes.
• O álbum vendeu rapidamente 200 mil cópias nos EUA, levando os membros da banda a aparecerem na capa da Rolling Stone em 1980.
• O produtor Guy Stevens foi fundamental na criação da atmosfera positiva durante as gravações, incentivando a experimentação musical.
• “Spanish Bombs”: A letra foi inspirada em um ataque terrorista real na Espanha, refletindo sobre eventos históricos e conflitos contemporâneos.
• Origem de “Brand New Cadillac”: A canção é um cover de Vince Taylor, lançada originalmente em 1959, e foi a primeira música gravada para o álbum.
• “London Calling” é frequentemente citado como um dos maiores álbuns de todos os tempos, destacando-se pela inovação e impacto cultural.
• A Rolling Stone elegeu o álbum como o melhor dos anos 1980, destacando sua importância na história da música.
• “Revolution Rock”: Esta faixa é uma versão de uma música de Danny Ray, lançada meses antes do álbum, mostrando a influência do reggae na banda.
• O título do álbum faz referência a uma frase usada pela BBC durante a Segunda Guerra Mundial, destacando a instabilidade social e política do Reino Unido nos anos 1970.
• “Lost in the Supermarket”: A letra começou a ser escrita por Joe Strummer nas costas de um pacote de cordas para guitarra, mostrando a abordagem criativa da banda.
• O sucesso do álbum nos EUA levou Joe Strummer e Mick Jones a serem capa da Rolling Stone em abril de 1980.
• “Clampdown”: Uma crítica feroz ao conformismo e à opressão, a música é uma das mais potentes do álbum, refletindo a postura política da banda.
• A versão do Clash de “Revolution Rock” mostra a banda completamente imersa no reggae, destacando a influência jamaicana em seu som.
Joe Strummer – vocais principais e de apoio, guitarra rítmica, piano
Mick Jones – guitarra principal, vocais principais e de apoio, piano, harmônica
Paul Simonon – baixo, vocais de apoio, vocais principais em “The Guns of Brixton”
Topper Headon – bateria, percussão
Mickey Gallagher – órgão
The Irish Horns
Ray Bevis – saxofone tenor
John Earle – saxofone tenor e barítono
Chris Gower – trombone
Dick Hanson – trompete, flugelhorn